Que a indústria dos games é a maior do entretenimento nos dias de hoje já não é mais novidade para ninguém. Estamos em um momento em que todos olham para o mundo dos videogames.
De acordo com a Folha de São Paulo (2021), o mercado de jogos eletrônicos lucram US $300 bilhões ao ano, enquanto isso, a TV, a música e o cinema chegam juntos em pouco mais de US $270 bi ao ano.
Os videogames já tem um palco montado e não chamam atenção apenas dos gamers e entusiastas da área. Empresas como a Magazine Luiza e o próprio serviço de streaming Netflix, já estão de olho e avançaram na indústria em que fazemos parte, mas afinal, como chegamos até aqui?
Para responder essa pergunta, nós do Gamelot, criamos uma linha evolutiva (como em Pokémon) contando toda a história dos games até chegar no topo do entretenimento digital. Então fica com a gente e confira a evolução dos videogames!
A primeira geração de consoles caseiros, também ficou conhecida como “a era dos pongs”. Tudo começou com Ralph H. Baer, um inventor e engenheiro alemão naturalizado nos Estados Unidos da América, que no começo dos anos 50 idealizava uma televisão interativa. Baer já trabalhava na área de entretenimento e foi responsável pela criação do brinquedo Genius.
Logo depois, em 1966, o “Pai dos Videogames” retomou a ideia que havia deixado de lado por mais de uma década, e junto com o técnico Bill Harrison, ambos trabalhando para a empresa Sanders, começaram a desenvolver o protótipo do que seria o primeiro console doméstico comercializável da história.
O aparelho teve sete protótipos no total, com o último sendo apelidado de Brown Box, estando a um passo do seu lançamento oficial. Como a Sanders não era voltada para a área comercial, houve uma busca por uma empresa interessada em lançar o console no mercado.
Eis que surge a Magnavox, que entrou na jogada em 1969 e depois, em setembro de 1972, o primeiro console doméstico da história dos videogames, chamado Magnavox Odyssey, surgia.
O console consistia em um único padrão de jogos, que mais para frente ficou conhecido como “Pong”. O jogo consistia em três pontos em preto e branco na tela, um representando a bola e os outros dois os jogadores. Era possível movimentar os dois pontos tanto na vertical quanto na horizontal e mudar o ângulo e a direção da bola.
Além disso, o console contou com acessórios adicionais como filtros que os jogadores colocavam na tela da televisão que ia desde mapas dos EUA até uma quadra de tênis. Havia também dados, fichas de pokers, notas de dinheiro falsas entre outros complementos para aprimorar a jogatina.
Em paralelo a isso, outro acontecimento marcou o início da história dos videogames, Nolan Bushnell e Ted Dabney criaram em 1971 o primeiro console arcade chamado Computer Space. Após o lançamento da máquina a dupla incorporou o nome Atari, que foi uma das “empresas pilares” para a evolução dos videogames.
Mais tarde, após o lançamento do Magnavox Odyssey, a empresa de Bushnell criou o famoso videogame Atari Home Pong, que tornou o grande sucesso Pong reconhecido até os dias de hoje. Entretanto, esse lançamento rendeu boas batalhas judiciais nos tribunais norte-americanos, já que o jogo era uma patente da Magnavox.
De fato, após o lançamento do console da Magnavox, surgiram muitos clones e “jogos pong”, que originaram diversos outros sistemas de hardwares como o Tele Games e o primeiro console da Nintendo, o Color TV-Games 6 lançado em 1977.
As evoluções de hardware e software foram ocorrendo na própria geração com diversos modelos da série Odyssey sendo lançados ano após ano e trazendo melhorias como adição de cores, adição de placares digitais substituindo a forma rudimentar de contar os pontos nas partidas, níveis de dificuldade e por fim a substituição dos elementos jogáveis (os ponto e a bola) por outras figuras como pessoas.
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Quanto ao hardware da geração, a grande maioria das séries de consoles utilizavam um chip embutido, com exceção do primeiro Odyssey que contava com uma placa de circuito impresso. Outro fator importante neste quesito é que os consoles dessa geração não contavam com microprocessadores.
Os cartuchos também fizeram sua estreia, que eram conhecidos na época como pentes de programação, e não faziam bem a função dos cartuchos que veremos mais à frente.
Por fim, Bentley Compuvision da Bentley Computer, licenciado pela Magnavox, marcou oficialmente o fim da primeira geração em 1983. A parte final da primeira geração foi marcada por uma saturação no mercado graças ao grande volume de jogos no estilo Pong, incluindo cópias mal-feitas.
Outro fator que deixou “a era dos pongs” decadente foi o estreante da época Fairchild Channel F, primeiro console da segunda geração, lançado em 1976.
Fonte: StringFixer