A Sexta Geração ou a era dos 128-Bits foi o momento em que o videogame ultrapassou barreiras e o século, sendo a primeira geração de consoles a passar pelo século 21. Esse período também marcou a chegada de recursos fundamentais que perduram até hoje!
Xbox
As principais inovações surgiram da robusta empresa voltada para computadores domésticos, a Microsoft, que foi crucial para formar o tipo de ecossistema que conhecemos hoje em dia. O mais novo console da “estreante”, o Xbox, contava com uma maior integração com a internet lançando em 2002 o seu serviço online que hoje conhecemos como Xbox Live.
Isso popularizou os serviços online utilizados nas gerações seguintes e que muito provavelmente deu origem a um novo tipo de mídia de jogo, que veremos mais à frente. O disco rígido é outra inovação da Microsoft nos consoles e que também pode ter contribuído para a mídia digital.
Dessa vez, o mercado tinha quatro grandes nomes na indústria, sendo elas a SEGA, Nintendo, Sony e a Microsoft, onde pela primeira vez temos esse número de consoles grandes em uma só geração.
Apesar de também ser conhecida como era dos 128-Bits, alguns consoles eram velozes, mas não por causa da “quantidade” dos bits dos processadores. Como vimos anteriormente, utilizar os Bits como propaganda serviu também como Marketing para diferenciar uma geração da outra.
Dentre os títulos de destaque lançado para esse console estão Halo: Combat Evolved, que inovou a forma como gênero FPS funcionava , Burnout 3: Takedown, Halo 2, Psychonauts e Star Wars: Knights of The Old Republic.
Dreamcast
Essa nova era de consoles começou com o lançamento do novo console da SEGA no Japão, o Dreamcast, em 1998. Assim como as últimas escolhas de lançamentos de consoles anteriores, a SEGA decidiu lançar o poderoso console da nova geração bem antes da concorrência, um ano mais tarde chegaria do Playstation 2 e dois anos depois o GameCube e o Xbox.
Apesar da boa campanha de marketing e ótimas vendas com sua chegada nos mercados da América do Norte, o Dreamcast teve uma vida curtíssima, se comparado com os rivais.
O novo console foi com certeza um dos sucessos da SEGA, que buscava uma nova chance com o público e com a mídia especializada após o desastroso Saturn. Infelizmente esse “sucesso”, muitos fatores corroboraram para o fim precoce do console, entre alguns deles estão:
- O anúncio do Playstation 2, desviando a atenção de toda a indústria para a nova plataforma,
- O uso da mídia física GD-ROM, que seria uma medida contra a pirataria e perdeu espaço para o DVD, utilizado no console da Sony.
Apesar da potência, qualidade dos jogos, serviços e jogos online, permitindo aos usuários acesso a internet através do Dreamcast, e tudo mais, a SEGA não deu conta, seja financeiramente ou por suas escolhas, resultando em um ciclo de vida extremamente curto, decretando a descontinuação do console com um total de 3 anos de vida, e a saída oficial da SEGA do mercado de consoles, se tornando oficialmente uma desenvolvedora terceirizada.
LEIA TAMBÉM:
A Quinta Geração de Consoles – A Era 3D
Playstation 2
O Playstation 2 deu sequência na geração e sem nenhuma dificuldade também dominou mesmo, assim como o seu antecessor. Com uma grande biblioteca de jogos no seu lançamento, graças ao sistema que permitia retrocompatibilidade com o primeiro console da Sony, o “Play2” ofuscou o Dreamcast e liderou a geração até o seu fim.
O console da Sony contava com uma mídia física em DVD-ROM além de ser uma verdadeira central multimídia, permitindo aos jogadores ouvirem música, assistir filmes, jogar, etc. O Playstation 2 também marcou o pico da pirataria no Brasil, já que em qualquer feira ou vendinha popular tinha ou um console pirata ou o famoso “3 por R$10,00”, que com certeza muitos ouviram na infância.
Dentre os principais títulos que podemos destacar do console estão God of War, Shadow of the Colossus, Guitahero, Black, GTA: San Andreas dentre muitos outros títulos, muitos mesmo. De acordo com o site Olhar Digital, o Playstation 2 contou com mais de 4 mil jogos durante sua trajetória.
Uma biblioteca rica, uso de mídia correta, suporte aos desenvolvedores e melhorias em tudo que o Playstation 1 tinha a oferecer, tudo isso rendeu mais de 155 milhões de unidades vendidas para o segundo console da Sony.
GameCube
A Nintendo entrou na geração com seu minimalista e geométrico GameCube lançado nos anos 2001 e 2002 no Japão e na América do Norte respectivamente. Diferente da plataforma anterior, o Nintendo 64, a Big N finalmente torceu o braço e saiu das mídias físicas em cartucho e para o compacto GameCube, migrou para o miniDVD.
Mesmo com a nova mudança a Nintendo ainda teve problemas com o novo formato, já que era difícil para os desenvolvedores utilizar a mídia para criar os jogos para a plataforma.
Essa foi a primeira vez que a Nintendo fazia uso de outro tipo de mídia em seus consoles de mesa, desde o NES, e também foi a última vez que a quantidade de bits de um processador seria referenciado ou até mesmo usado em campanhas de marketing pela maioria das empresas do mercado.
Por fim, o roxinho não vingou a geração e acabou sendo o lanterninha em vendas até ser descontinuado em 2007.